Extremamente atual mesmo meio século após sua publicação, As impurezas do branco retorna em novo projeto, com posfácio de Bruna Lombardi. Em 1973, Drummond já era tido por muitos como um autor clássico. E talvez ele próprio, apesar do ceticismo e da ironia que o caracterizavam, já se sentisse um pouco assim. O amor é privilégio de maduros, escreveu o poeta. Verso de quem sabia ler muito bem a sua época, o fim de um século em que até o sentimento amoroso exigia ser comunicado, noticiado, desentranhado em palavras, as tais impurezas a perturbar o branco silencioso do papel. Meio século depois de sua publicação, este livro ainda ressoa. E quem o quiser ler hoje, no Brasil essa parte de mim fora de mim / constantemente a procurar-me, certamente irá se surpreender com sua atualidade estética e política. Em Diamundo, Drummond canta as 24h de informação a que os jornaledores estariam expostos. E enfileira alguns dos assuntos com que éramos e continuamos sendo bombardeados [...]