O livro Escola Sem Partido: Síndrome de uma educação autoritária propõe uma reflexão sobre o fenômeno educacional Escola Sem Partido (ESP) e sua articulação ao movimento social e político mais amplo, de raiz autoritária e com notável potencial fascista que tem crescido no país desde 2013. O livro objetiva delinear os componentes autoritários que hoje se apresentam, às vezes difusos, às vezes de maneira muito explícita e concentrada em práticas e discursos que dizem claramente a que vieram. Desse modo, foi necessário realizar um percurso histórico, a fim de identificar nas raízes do Brasil a presença de elementos autoritários que ajudem a compreender o avanço contemporâneo de tais forças. Para tal, recorreu-se a autores clássicos do pensamento nacional, como Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre, Roberto da Matta e Marilena Chauí, para, por meio dos elementos apontados por esses autores, contestar o mito de não violência e o mito da democracia racial. Em seguida, a análise (...)