O Antigo Testamento é a fonte mais importante da qual bebe a história de Israel. Em grande parte é a única fonte. Onde esta seca por completo, a arqueologia – aquele ramo das ciências da Antiguidade que se dedica à interpretação dos restos materiais de culturas passadas – e também a interpretação de documentos literários extrabíblicos não são um substituto completo, quando estes não estão relacionados, ou relacionados apenas indiretamente, com Israel. Naturalmente, também as fontes laterais ou secundárias não podem ser utilizadas de modo acrítico. A articulação correta dos resultados arqueológicos com os testemunhos bíblicos é de importância essencial. A arqueologia pode ilustrar, concretizar e elucidar os conhecimentos históricos apurados do Antigo Testamento, ela faz com que os acontecimentos históricos apareçam em seu contexto mais amplo. No entanto, ela não serve para a confirmação de narrativas veterotestamentárias que, segundo sua intenção original, não são relatos históricos e muito menos reportagens sobre fatos ocorridos, e que, neste sentido, nem pretendem “ter razão”. A história de Israel aqui oferecida faz questão e procura manter a abordagem transparente em relação às fontes bíblicas e extrabíblicas. Por isso não foi possível renunciar a discussões que dizem respeito às críticas literária e das tradições, principalmente nos capítulos que tratam da pré-história e história primitiva.