Passagens (1927-1940), de Walter Benjamin, é uma das obras historiográficas mais significativas do nosso tempo. A partir de Paris, a "capital do século XIX", especialmente suas galerias comerciais enquanto "arquipaisagem do consumo", são apresentados a história cotidiana da modernidade - com figuras como o flâneur, a prostituta, o jogador, o colecionador - e os meios de uma escrita polifônica que vai desde a luta de classes até os fenômenos da moda, da técnica e da mídia. Esse hipertexto com mais de 4.500 passagens constitui um dispositivo sem igual para se estudar a metrópole moderna e as megacidades do mundo atual.