O mundo conheceu nos últimos anos duas revoluções. O surgimento dos hipermercados e o aparecimento da microinformática - tema que o autor inventou - constituem essas duas revoluções das quais ele percebeu desde logo, os sinais, mesmo antes de se terem estendido ao mundo inteiro. Hoje anuncia-se uma terceira perturbação que ameaça a sociedade ocidental. Neste livro o autor define os seus fermentos: um crescimento insaciável, que traz consigo a sua destruição; um efeito de massa, um gigantismo, que rompem o equilíbrio e, como na física, criam leis novas, neste momento desconhecidas; a derrocada das classes médias; a rigidez que bloqueia a criatividade; os simulacros e as abstracções que substituem a realidade... Esses riscos, esses desvios, em breve incontroláveis, recusa-os Bruno Lussato: existem meios para resistir ao pensamento único e à tirania tecnocrática. Seria presunçoso pensar que a Europa, rica pelo seu património cultural, artístico, científico, pudesse conduzir essa acção? O desafio é essencial: é da civilização humana que se trata. BRUNO LUSSATO é engenheiro de organização e professor no Conservatoire des Arts et Métiers. É consultor de inúmeras sociedades internacionais.