Considerada pela crítica a mais amarga e perturbadora das obras de Unamuno, ABEL SÁNCHEZ: UMA HISTÓRIA DE PAIXÃO cria uma impressionante versão moderna da história bíblica de Caim e Abel, em que Joaquín faz a defesa do primeiro assassino da história. O fratricídio inaugural e a inveja deixam de ser uma questão de juízo moral para darem ao leitor uma visão aguda e global da experiência humana, como só a literatura de ficção, nas mãos de um mestre, poderia fazer. Nas palavras do autor: “a inveja que tentei mostrar na alma de Joaquín Monegro é uma inveja trágica, uma inveja que se defende, uma inveja que poderia ser chamada de angelical”.