Rubem Braga começou a escrever e assinar suas crônicas aos 15 anos de idade, sem imaginar que, mais tarde, iria tornar-se uma espécie de padroeiro do gênero no Brasil e o inventor da crônica moderna no país. Em Rubem Braga - Um cigano fazendeiro do ar, Marco Antonio de Carvalho, conterrâneo de Braga, faz um "registro da vida privada do escritor e do panorama social de sua época, oscilando entre os fatos anedóticos e saborosos da memória afetiva e os acontecimentos da história e da política", como define o jornalista Manuel da Costa Pinto, que assina a orelha da nova edição do livro. Publicada originalmente em 2007 e vencedora do Prêmio Jabuti como Melhor Biografia em 2008, a obra ganha nova revisão técnica e apresentação de Álvaro Costa e Silva, mas mantém o trabalho de pesquisa feito por Marco Antonio de Carvalho, que mergulhou nas raízes familiares de Rubem Braga, seu conterrâneo de Cachoeiro de Itapemirim (ES), por mais de 10 anos. Reuniu informações de cerca de 270 entrevistas feitas com pessoas que conviveram com Braga, teve acesso a cartas trocadas por ele com familiares, amigos e companheiros de ofício, além de fotos que vão do início do século 20 até a morte do escritor (de câncer na laringe, em 19 de dezembro de 1990) para compor, em livro, a história do mais importante cronista brasileiro.