nestas páginas quem vos fala é o cultivador dum jardim impalpável, mas seguramente verdadeiro, que é a alma. e cada estado de espírito deste jardineiro é situado aqui em determinada estação do ano: nos seus “verões” afloram experiências intensas sentidas à flor da pele. nos mornos “outonos” frutificam nem sempre delicadas, mas sempre necessárias renovações. nos rudes “invernos” frios mergulhos internos se fazem obrigatórios... mas já nas suas floridas “primaveras” perfumadas esperanças e dóceis devaneios trazem absolvições, milagres... sonhos. poemas, que sejam escritos ou ainda apenas contidos num olhar, são plantios de sentimentos e todo sentimento precisa florescer é por esta necessidade que lhe ofereço estes singelos versos