Um dos primeiros filmes de terror da história, O gabinete do doutor Caligari (1920), de Robert Wiene, é considerado a base do cinema noir e dos thrillers psicológicos. Com suas ruas entrecortadas, construções cubistas e personagens de olhares fugazes e delirantes, o filme inaugura uma nova estética no cinema, extremamente influente nas artes gráficas em geral. Agora, esse clássico do cinema ganha uma releitura do artista gráfico e quadrinista paulistano Alexandre Teles. Utilizando a técnica de monotipia (método de impressão de tiragem única), ele recriou mais de 600 frames do filme. As imagens, reunidas neste álbum, recontam a história dos misteriosos assassinatos cometidos em uma cidadezinha alemã após a chegada do Dr. Caligari e do sonâmbulo Cesare e transferem, para as páginas do livro, o universo onírico e sombrio do filme.