TENHO EXATOS 80 ANOS (ah! a mítica dos números redondos!), 54 dos quais destinados (todos) à mente das crianças. Sou paulista, paulistano, lapeano, corinthiano. Tudo isto, com muita honra. Até com certa folga, cumpri as obrigações tradicionais: 5 filhos, três livros, árvores para uma floresta. Literariamente, sou um poço de contradições não dialetizadas: escritor noviço e, ao mesmo tempo, tardio. Rabisquei minhas primeiras frases aos 68 anos. Antes, não havia escrito uma linha. Como todo médico velho, tenho um sem-fim de estórias curiosas, ou engraçadas, ou tristes, ou de saia justa clínica. E mais uma centena de outras ‘psico-coisas’ para contar. Não há facção que sequer se aproxime da realidade clínica. Selecionei vinte, que tenho a maior alegria do mundo em partilhar com os amigos leitores.” (Oswaldo di Loreto)