Ter inventado a tragédia é um belo feito, e este feito pertence aos Gregos. De facto, há qualquer coisa de fascinante no sucesso que este género conheceu. Pois ainda hoje, vinte e cinco séculos depois, se escrevem tragédias. No entanto, a tragédia grega, com a sua colheita de obras-primas, durou ao todo oitenta anos. É evidente que o brilho da tragédia grega se prende com a amplitude da sua significação, com a riqueza do pensamento que os autores souberam dar-lhe: a tragédia grega apresentava, numa linguagem directamente acessível da emoção, uma reflexão sobre o homem. É, sem dúvida, por isto que, em todas as épocas de crise, como a nossa, sentimos a necessidade de voltar a esta forma inicial do género. Nesta obra, a autora faz um exame das diversas tragédias que nos foram deixadas, sem esquecer as outras que desapareceram, e do legado que nos transmitiram.