Primeiro filho do poeta modernista Oswald de Andrade, Nonê, como ficou conhecido, acompanhou de perto as aventuras (e desventuras) vividas por seu pai. Foi seu cúmplice em vários momentos, como também o amigo que tem a liberdade de, sem perder a admiração, criticá-lo quando necessário. Em 1972, depois de complicações cardíacas, Nonê acabou por falecer. Seus cadernos - 'sebentas', como costumava chamar - ficaram guardados para somente nos anos 90 serem resgatados por um de seus filhos, Timo de Andrade, e a crítica literária Maria Eugenia Boaventura. Eles reconstituíram todo este rico material e organizaram este livro - 'Dia seguinte e outros dias'. Quase que inteiramente escrito em versos livres, à maneira oswaldiana, neste livro Nonê recupera os bastidores de um dos períodos mais ricos não só de sua vida e de seu pai, mas da cultura e da política brasileiras nas agitadas décadas de 20, 30 e 40.