No início de 1922, Kafka escreve em seu diário - 'devastação, impossibilidade de velar, impossibilidade de suportar a vida. (...) A solidão chega a seu ponto extremo. Aonde irá me levar?' Desesperado, tuberculoso, ele recorre ao 'estranho, misterioso consolo da literatura', escrevendo. 'Um Artista da Fome', coletânea organizada pelo próprio Kafka, reúne duas narrativas dessa época (Um artista da fome e Primeira dor), Uma mulherzinha e Josefina a cantora - este, o último texto escrito por Kafka em 1924. 'A Construção', novela que contém uma das fábulas mais fortes e sombrias da ficção kafkaniana, é de 1923.