Aos dezesseis anos, Isobel sente que "tanta loucura deixou sua alma cheia de buracos, como uma peneira". Em "Croquê Humano", de Kate Atkinson, sufocada no seio de uma família suburbana desajustada, ela é perseguida por um espírito de melancolia, sofre a agonia de um primeiro amor não correspondido e é obcecada por Eliza, sua mãe, que a a abandonou anos atrás e nunca mais retornou. Ela se agarra a cada insignificância que possa fornecer uma pista a respeito da personalidade de Eliza - o aroma de um perfume, um pó compacto, um sapato. Tão central quanto a história criada pela autora é o seu cenário, a outrora eminente Floresta de Lythem em cujo cerne está o Lady Oak, guardião dos segredos negros, alguns deles amcestrais, outros não.