Interessado em desvendar aspectos da Guerra com o Paraguai (1864-1870) pouco explorados pela historiografia, iniciei uma caminhada que me levou à região da tríplice fronteira (Brasil, Paraguai e Bolívia), lugar e não lugar, espaço de encontros e desencontros. Lá, no palco fronteiriço do conflito, bolivianos, paraguaios e brasileiros atuaram com desenvoltura, costurando tramas que levam à ressignificação dos papéis de protagonistas e coadjuvantes perante o evento bélico que mais vidas ceifou no continente sul-americano. A Bolívia não fora mera espectadora das cenas que se desenrolaram no teatro da guerra; suas ações não só influíram no transcurso do conflito, como ajudaram a compor um quadro sobre o qual deveriam se debruçar agentes contemporâneos em discussões acerca do relacionamento entre os países. Emergem, portanto, novos atores, prontos para se lançarem ao público, ávido por novidades no teatro da Guerra Grande.