A obra se constrói na interação dos campos de pesquisa e atuação dos autores com a riqueza de diálogos que amarram e propiciam a tessitura da reflexão entre a diversidade étnico-cultural, o Ensino de História e a Lei 10.639/03. Se propõe a valorizar as histórias adormecidas de sujeitos silenciados pela história tradicional, reacendendo memórias capazes de contribuir com outras possibilidades interpretativas, as quais sejam caminhos para se pensar o social, o cultural suportes à implantação de políticas públicas que vá contra práticas racistas e preconceituosas. Ao apresentarmos a Congada como prática cultural da resistência negra presente na maioria das regiões brasileiras, evidenciamos a sua importância histórica e os múltiplos sentidos que envolvem sua atualização nos festejos em louvor aos santos negros. Nessa mesma dimensão, o ser público de Sebastião Bernardes de Souza Prata, também se faz reluzente do fazer-se negro no Brasil, nos dimensionando para o cenário artístico e cultural do país, apresentando por meio de sua experiência o que é ser negro no Brasil, lutando pela sobrevivência e pela valorização do protagonismo afrodescendente.