Originado da Dissertação de Mestrado do autor, defendida no programa de pós-graduação de História Social da UFRJ, este livro trata da morte e do sepultamento dos escravos africanos recém-chegados da África, no Cemitério dos Pretos Novos, que funcionou no Valongo, no Rio de Janeiro, de 1722 a 1830. Estudo raro no Brasil, revela horrores como enterros degradantes, com sepultamentos a um palmo de profundidade - "à flor da terra". Apoiado em documentos de arquivos, testemunhos de viajantes e estudos sobre a cultura da morte nas tradições católicas e bantas, o autor mostra um mundo marcado por práticas desumanas. Este texto obteve o Prêmio Professor Afonso Carlos Marques dos Santos, o Concurso de Monografia Arquivo da Cidade, que pretende ampliar a oferta de literatura especializada sobre o Rio de Janeiro, contemplando textos que abordem a paisagem natural e construída, as manifestações culturais e a história da cidade. Editado em parceria com a Prefeitura da Cidade/Secretaria Municipal das Culturas/Arquivo da Cidade, trata-se de uma obra que se destaca pelo ineditismo na abordagem do tema, pelo rigor da pesquisa e por reconstituir práticas culturais e religiosas, decifrando seus múltiplos significados.