Pois, não se diz que nada existe de novo debaixo do sol? Deveria, portanto, ser trivial a vida do homem. Mas, atrapalhado com a mesmice, inconformado, ele acrescenta ao marasmo um pouco de si, do que lhe é peculiar. Adiciona - por volição, às vezes invonluntariamente, impulsionado ou deixando-se levar, consciente ou descuidado - o gesto pessoal e se torna individualizado. O que distingue um ser do outro é o ato, através dele definem-se este e aquele. O que vale, o que se sobrepõe é aparente, visível, manifesto. O homem pode ocultar o que pensa - as palavras nem sempre traduzem verdade - mas não se livra de agir e, na ação mostra-se. Traz ao trivial da vida um pouco mais, dele, só dele e, com isso, diz quem é.