O livro analisa a tese do fim da centralidade do trabalho a partir do estudo crítico de dois dos seus principais teóricos: Adam Schaff e André Gorz, que foram considerados, por muitos anos, ilustres representantes do pensamento marxista. Tal elemento lhes conferiu certo crédito de isenção ideológica para, em suas obras mais recentes, se oporem à essência do pensamento marxista e marxiano, ao negarem a centralidade do trabalho e a teoria do valor no capitalismo contemporâneo. Este livro realiza a crítica das teses desses autores, questionando os limites de seu alcance emancipatório e procurando compreender, nas suas trajetórias teóricas, o processo reflexivo que os conduziu a tais conclusões, especialmente o desafio de sintonizá-lo com a modernidade global, sem prejuízo de sua tradição cultural e seu sentido civilizatório únicos.