Identificação é algo complexo. Pode ser acolhedor ou um baita dedo na ferida. No processo de seleção destes textos, passei por um turbilhão de emoções. Trinta dias lendo mais de mil relatos de solidão, de medo ? no melhor dos casos, contos que falavam sobre uma quebra do cotidiano. Eu estava em casa e achava que logo poderíamos sair, mas o livro vai ser publicado e ainda estou aqui. Estes contos fizeram do meu quarto uma torre de vigia. Mas a literatura também nos puxa para a realidade. O que desejo, então, é que os futuros leitores deste livro tenham a sensibilidade de buscar nestes relatos um motivo para não repetir o passado. Também faço meu o desejo de que o futuro não demore.