Os personagens de Sacolinha vivem em um mundo particular, sem aberturas, sem esperanças, sem horizontes. Vivem imersos na violência, de tal modo que a violência perdeu o sentido. O que é viver, amar? Como veemo mundo, como se relacionam, que chances têm, com o que sonham? Muitas vezes são vazios. O desespero é muitas vezes tranquilo, sem exaltações. Veja o crescendo do conto ‘Yakissoba’, em que o escritor tenta vender seus livrinhos e nada consegue, é só recusas, recusas, e a aceitação, como se aqueles não fossem normais. Essa gente da periferia vive o mundo do não, do não constante, o não perene, o não que segue grudado na pele, no coração. Ignácio de Loyola Brandão