Nesse livro, Hal Foster interpreta a História da Arte como um sujeito regido pelo modelo psicanalítico lacaniano, no qual operaria o retorno do real, isto é, a alternância de antecipações e reconstruções de eventos traumáticos. Esse mecanismo se manifestaria tanto nos movimentos neovanguardistas no contexto histórico, como no próprio objeto principal da arte contemporânea o real. Para Foster, que parte de uma concepção dialética inspirada por sua leitura de Marx, a neovanguarda, longe de ser uma mera repetição tal qual a proposição de Peter Bürger exposta em Teoria da Vanguarda seria uma recepção com resistência de algo que foi reprimido historicamente nas primeiras vanguardas. O construtivismo russo e o dadá duchampiano pós anos 60 seriam, portanto, um novo ciclo nos diversos ciclos que um evento histórico revolucionário acarreta. Outros exemplos seriam a teoria de Freud, seguido pela leitura de Lacan, e a de Marx, seguido por Althusser. Enquanto as vanguardas do início do [...]