O livro apresenta a história social da família do século XVIII ao início do século XX. O autor analisa a definição de família construída pelas camadas burguesas do Antigo Regime, as formas pelas quais essa definição se estendeu a outras classes sociais, o conjunto de tecnologias políticas que investiram sobre o corpo, a saúde e as condições de vida a partir do século XVIII, e as transformações no seu conceito considerando as práticas de atendimento às crianças, a posição da mulher e suas atribuições e a função política do chefe de família. O livro também se dedica à discussão sobre a emergência do trabalho social e sua manifestação nos âmbitos judiciário, psiquiátrico e educacional a partir da infância patológica, e analisa a propagação da Psicanálise e sua interferência na compreensão da sexualidade humana. O livro permite ao professor discutir os papéis familiares e sua relação com as políticas sociais e as formas históricas de organização familiar.