No século XIX, o Brasil, que há menos de 300 anos vivia na oralidade primária, adentra o universo da letra, o mundo do impresso, da typographia, grafos, gramma e littera. Os homens das letras, os letrados, e os bacharéis se formam nas universidades européias, em Coimbra, Lisboa, Paris. Os historiadores, críticos literários e folcloristas desejavam gravar a voz em letras de fôrma, grafar com o peso do ferro a tinta na superfície clara do papel e, mais tarde, moldar o chumbo quente que escorre derretido pelas canaletas da linotype como as palavras pela garganta. Tudo há de ser littera. Um Brasil que há apenas meio século começava a dispor de seus próprios meios de reprodução da palavra, as máquinas de impressão, a autorização. Esses brasileiros querem uma litteratura. Suas palavras impressas sobre o papel. Suas impressões (digitais).