Clovis Carvalho Britto escolhe os museus-casas de Cora Coralina, em Goiás (GO), e Maria Bonita, em Paulo Afonso (BA), para analisar a transmutação desses espaços, originalmente residências, em ambientes de lirismo, heroismo e drama. Em Gramática expositiva das coisas, o autor e museólogo apresenta sua pesquisa, na qual buscou entender como os objetos expostos nesses locais operam como unidades morfológicas para compor frases, construir histórias, formar antíteses: velhice/juventude; cidade/sertão; literatura/cangaço; acervo reunido e acervo disperso, abundância/escassez. Por isso, defende que os museus acionam uma gramática e uma poética.