Ao segurar nas mãos Mulheres que Somos, sou como um maestro que acaba de assistir da plateia a um concerto solo dos seus musicistas. Sem precisar da minha batuta, as três escritoras acharam seu ritmo e escreveram um livro por suas próprias mãos. Uma coletânea de contos onde os leitores encontrarão todos os componentes da boa narrativa. Economia de palavras. Equilíbrio entre personagens, ambiente e ação. Verossimilhança. Hiperestesia. Discernimento natural na escolha do foco narrativo e do tempo verbal. E, acima de todas essas técnicas literárias, em alguns momentos, a emoção que transmite uma verdadeira obra de arte. ALCY CHEUICHE Este é um livro que conta histórias de mulheres comuns, como você, sua mãe, sua mulher, a amiga, a vizinha ou aquela transeunte que você nem conhece. Heroínas e anti-heroínas juntas numa só. São histórias universais como maternidade, traição, vaidade, culpa, envelhecimento, fé. Também instantâneos das cenas do cotidiano. Nossa falta de tempo, conflitos, trabalho, família, multas de trânsito, desabafos no psiquiatra. Linguajar simples com multiplicidade de ações. Vivo, colorido em vestes próprias de quem percorre esquinas, ruas e estradas como se fossem veias que levam ao pulsar acelerado das batidas do coração.Nos revezes do dia a dia, aqui as mulheres criam vida. Falam, agem e esperam como mulheres que são, como Mulheres que Somos.