Esta publicação reúne estudos que focalizam a relação entre a segregação residencial sobre oportunidades educacionais de crianças e adolescentes na América Latina. Apresentam resultados de pesquisas que seguem a tradição das ciências sociais que parte do argumento da concentração da pobreza urbana como importante explicação estrutural para resultados ou comportamentos individuais. Observamos nas últimas décadas a conjugação desta perspectiva com a sociologia da educação para tratar de um possível "efeito vizinhança" sobre resultados escolares. A ênfase é colocada em explicações para o aprendizado escolar, como forma de avaliar oportunidades educacionais oferecidas pelas escolas, dada a crescente importância da distribuição de habilidades intelectuais sobre desigualdades sociais. Se antes estudos na sociologia da educação tratavam somente do efeito da família e da escola, agora a vizinhança ou o bairro passam a ser tratados como instâncias socializadoras também capazes de gerar desigualdades educacionais. O livro traz importante contribuição a este debate ao tomar como foco as peculiaridades da segregação residencial e dos sistemas educacionais latino-americanos.