Segundo livro de poemas de Sandro Ornellas, que ganhou o prêmio da Fundação Casa de Jorge Amado/Braskem para autores inéditos de 1998. Alguns temas abordados: a vivência e o deslocamento por paisagens urbanas, o influxo erótico, a reinvenção da memória, as formas da violência, a afirmação da vida e uma constante auto-ironia. O estilo está em franco diálogo com formas textuais da contemporaneidade, fazendo uso de versos livres, versos metrifi cados e alguns experimentos formais de espacialização na página. Os poemas estão longe, no entanto, de qualquer tipo de cerebralismo. Ao contrário, com frases assertivas, fragmentação e delicadeza, imagens incisivas e, às vezes, de impacto, o autor conjuga variedade estilística, imaginação, legibilidade e referências culturais diversas, tudo com força de enunciação e sensibilidade.