Em múltiplas partes do globo, autores, coletivos políticos e artísticos, curadorias, instituições do pensamento e da memória tem articulado teorias, práticas e dispositivos da imaginação que tornam o contemporâneo um tempo insurrecto. Não porque as opressões, extermínios e apagamentos de toda ordem tenham reduzido sua abrangência, mas porque o espaço enunciativo hoje ocupado por sujeitos historicamente silenciados se faz notar em múltiplas plataformas, alargando incomparavelmente a produção de significações e narrativas pluriversais. A emergência de se criar um espaço crítico para ler obras desse líquido território atlântico aponta, em primeiro lugar, para o diálogo que estabelecem com as demandas do contemporâneo - um tempo de resgate, revide e reexistências que tem emergido de diversas partes do globo em que houve escravidão, colonização e ocidentalização. [...]