Na presente obra são problematizadas as disputas semânticas, jurídicas e políticas em relação à agenda antigênero na América Latina. Os estudos apresentados sintetizam o modo como os discursos antigênero são referidos enquanto uma categoria da política sexual reacionária. Exploram o impacto deste cenário na agenda da equidade e contra as discriminações de gênero, ao passo que refletem diferentes nuances do pânico moralizador a demandas ligadas ao gênero e que repercutem, especialmente, na garantia de direitos a mulheres e minorias sexuais. Os diferentes artigos que compõem essa coletânea examinam manifestações do neoconservadorismo nos diferentes poderes do Estado: no Executivo, no Judiciário e no Legislativo, e nos movimentos sociais e ambientes digitais, em países da América Latina, especificamente no Brasil, na Costa Rica, no Peru e em Porto Rico.