A passagem do conhecimento científico para a linguagem comum não é, para o autor, "nenhuma concessão a um desejo maior de comunicação", mas uma necessidade premente, principalmente para os próprios cientistas. De um novo relacionamento entre o pensamento e a ciência resultará uma melhor compreensão do real. Para exemplificar essa nova relação, Lévy-Leblond examina como se colocam para física clássica uma série de pares antinômicos - verdadeiro/falso, reto/curvo, contínuo/descontínuo, absoluto/relativo, constante/variável, certo/incerto, finito/infinito, global/local, determinado/aleatório, formal/intuitivo, real/fictício - títulos de capítulos iniciados com um peculiar zero que forma um par antinômico com o último capítulo, intitulado depois. Escrito no estilo da melhor tradição francesa de cientistas escritores, o livro é claro, elegante e conciso, valorizando na prática a linguagem que o autor afirma ser essencial para a ciência