Um menino muito feio que tinha uma cabeça enorme, um nariz grande, pés e dentes tortos, pernas finas e testa grande sofria com os apelidos que seus colegas inventavam: Cavalinho de Pau, Cara de Morcego, Panqueca. Para evitar chacotas, preferia ficar desenhando sozinho durante o recreio na sala de aula. Na história quase autobiográfica de Fabrício Carpinejar, essa implicância comum entre as crianças é narrada com humor, sem no entanto maquiar a angústia que ela causa. No final, o personagem consegue reagir de modo surpreendente e, sem precisar brigar com ninguém, consegue o respeito dos colegas além da menina mais bonita da escola. fabrício carpinejar era chamado em casa de Bito, de "Fabito", o único jeito que sabia pronunciar seu nome. Hoje, tem 33 anos, dois filhos e mora no Rio Grande do Sul. Joga futebol e a única coisa que cava no gramado é pênalti. Publicou dez livros entre poesia, crônica e infantil.