Será que precisamos dos conceitos de "natureza" ou "meio ambiente" para lidarmos com o aquecimento global? Ao elaborar uma resposta, Timothy Morton oferece também uma das melhores introduções à sua filosofia. Neste livro, noções como ecologia sem natureza, estranho estrangeiro, malha, hiperobjetos são apresentadas com rigor, leveza e humor. Além de referências fundamentais da história da filosofia, Morton utiliza exemplos da poesia, das artes visuais, da música, do cinema e da cultura pop, passando por fenômenos comportamentais contemporâneos: de Darwin a Blade Runner, de Wordsworth a Bjo¨rk e Levinas, de Mallarmé a Stanley Kubrick. O livro busca reconceitualizar aquilo que entendemos por ecologia. Pois, para Morton, as concepções teóricas tradicionais, longe de contribuir para o enfrentamento da catástrofe ambiental, podem, ao contrário, intensificá-la. No plano da ação política, Morton rejeita o "agir localmente" em favor de um "pensar grande" global, acompanhado de (...)