O enredo de O crime do padre Amaro gira em torno de Amaro Vieira, lisboeta, filho de um casal que trabalhara para o marquês de Alegros. Órfão aos 6 anos, é a marquesa quem toma conta dele e o prepara para seguir a carreira eclesiástica. Vivendo entre as criadas, cresce um menino mimado. Quando entra para o seminário, aos 15 anos, é um rapaz física e psicologicamente fraco. Aceita passivamente o sacerdócio, sem demonstrar nenhuma inclinação para esse tipo de vida. Por intermédio de um antigo professor no seminário, o cônego Dias, "mestre de moral", Amaro obtém a paróquia da cidade de Leiria, no interior de Portugal. Hospeda-se na casa de S. Joaneira, concubina do cônego, viúva e com uma filha, Amélia, uma linda morena de 23 anos. Amélia é seduzida por Amaro, tornando-se sua amante. O cinismo e a imoralidade dos colegas (cônego Dias, padre Natário e padre Brito), que vivem a explorar a ingenuidade e a mente supersticiosa dos fiéis, amortecem a consciência de Amaro, que acaba como eles, não hesitando em satisfazer seus desejos pessoais à custa daqueles a quem deveria servir de guia espiritual e moral. A exceção é o abade Ferrão, o único religioso virtuoso do romance. As beatas de Leiria, porém, não compreendiam sua simplicidade e austeridade e o consideravam um "relaxado". Sua firmeza de caráter e seriedade no cumprimento da missão sacerdotal põem em evidência a corrupção moral e a hipocrisia dos outros padres, acentuando ainda mais a crítica social de Eça de Queirós. Amélia acaba engravidando e Amaro dá um jeito de afastá-la da família para abafar o escândalo. Ela morre no parto e ele entrega o bebê a uma mulher que, no entanto, não é confiável e deixa a criança morrer. Amaro muda-se de Leiria e, no final do romance, vamos encontrá-lo de bem com a vida, prosseguindo em sua carreira de conquistador, só que com outra tática: agora só quer saber de mulheres casadas.O enredo de O crime do padre Amaro gira em torno de Amaro Vieira, lisboeta, filho de um casal que trabalhara para o marquês de Alegros. Órfão aos 6 anos, é a marquesa quem toma conta dele e o prepara para seguir a carreira eclesiástica. Vivendo entre as criadas, cresce um menino mimado. Quando entra para o seminário, aos 15 anos, é um rapaz física e psicologicamente fraco. Aceita passivamente o sacerdócio, sem demonstrar nenhuma inclinação para esse tipo de vida. O cinismo e a imoralidade dos colegas (cônego Dias, padre Natário e padre Brito), que vivem a explorar a ingenuidade e a mente supersticiosa dos fiéis, amortecem a consciência de Amaro, que acaba como eles, não hesitando em satisfazer seus desejos pessoais à custa daqueles a quem deveria servir de guia espiritual e moral.