É comum associarmos ao cinema contemporâneo os efeitos visuais digitais. Imagens com impressionantes explosões, peripécias aparentemente impossíveis e personagens com as mais diversas formas físicas parecem povoar os filmes contemporâneos, mas qual será a ligação entre eles e o meio digital? Qual a importância dos softwares na criação dessas imagens e o que elas representam para a cultura contemporânea? Seriam os efeitos visuais uma característica única de nosso tempo? Flertando com a arqueologia da mídia e encarando a questão a partir da cultura visual contemporânea, da cultura do software e do desenvolvimento do cinema busca-se entender qual a relação dos softwares com os efeitos visuais, partindo daqueles presentes no primeiro cinema, aqui representados pelos filmes de Georges Méliès, até análises de filmes mais recentes, como Avatar, de James Cameron. Este livro permeia propostas teóricas com o fascínio sobre cinema ficcional enquanto busca expor como os efeitos visuais e os softwares estão associados na criação de imagens únicas.