Em O velhinho que virou criança, o jornalista, professor, escritor e ensaísta Antonio Hohlfeldt se propõe a recriar a trajetória biográfica de Mario Quintana. Irreverente e irônico, o poeta avisa: Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Para cada fato biográfico nascimento, infância, adolescência, maturidade, velhice e morte uma resposta poética surpreendente e mágica.Nasci... prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto; Eu fui um menino por trás de uma vidraça um menino de aquário; Quando colegial, como eu gostava do cheiro úmido das raízes dos vegetais! ... ao lado desse mundo natural, queriam fazer-me acreditar no mundo seco das raízes quadradas; A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa... Quando se vê, já passaram 60 anos! Agora é tarde para ser reprovado...; A nossa vida nunca chega ao fim. Isto é, nunca termina no fim; No Céu vou ser recebido com uma banda de música.... E por meio do diálogo poético, o leitor é convidado a conhecer a trajetória de Mario Quintana, um dos maiores poetas brasileiros e dentre os grandes, o mais irreverente.