Conjuntos de racionalidades espraiam-se e controlam populações, nosso corpo, prazeres, reflexões, classificações, usos de drogas, máquinas, leis, moralidades A parafernália de poder e saber apresenta verdades sobre como nos relacionamos com as drogas, naturalizando e legitimando discursos que produzem efeitos, de tal maneira que essencializam as relações entre sujeitos e drogas, até mesmo das populações morríveis de adolescentes-mulheres implicadas com o tráfico de drogas. Nesse contexto, o efeito Estado na Função Judicial cria narrativas as quais ligam o uso de drogas a cometimento de atos infracionais e ao tráfico. Daí emerge a pergunta do livro: quais jogos de verdade são acoplados às adolescentes-mulheres institucionalizadas sob a acusação de cometimento de ato infracional pelo comércio de drogas ilícitas? Na trama biopolítica de governo sobre as adolescentes internadas no Centro Educacional Aldaci Barbosa Mota (Fortaleza), insurgem práticas estatais encarceradoras, as quais (...)