Nélida Piñon estreou em 1961 com o romance Guia-mapa de Gabriel Arcanjo. É catedrática da Universidade de Miami desde 1990, havendo sido escritora-visitante das universidades de Harvard, Columbia, Johns Hopkins e Georgetown. Recebeu os prêmios brasileiros Golfinho de Ouro, Mário de Andrade e Jabuti este, de melhor romance e livro de ficção de 2005, por Vozes do deserto. E os internacionais Juan Rulfo, do México; Jorge Isaacs, da Colômbia; Gabriela Mistral, do Chile; Rosalía de Castro, e Menéndez Pelayo, da Espanha. Em 2005, pelo conjunto de sua obra, recebeu o importante Príncipe de Astúrias. É doutora honoris causa das universidades Poitiers, Santiago de Compostela, Rutgers, Florida Atlantic, Montreal e UNAM. Em 1990, foi empossada como imortal pela Academia Brasileira de Letras e, em 1996, por ocasião do centenário da Academia, tornou-se a primeira mulher a presidi-la. Em 2012, foi nomeada Embaixadora Ibero-Americana da Cultura."Novo livro da autora de República dos sonhos e Livro das horas. Nélida Piñon vale-se aqui, mais uma vez, de sua fina capacidade de costurar reminiscências. Em uma obra de autoficção e memórias, com extraordinário talento para narrar suas experiências e rara habilidade para sublinhar os sabores dos detalhes, valoriza e rejuvenesce os limites formais da literatura. Uma escritora para quem a morte, domada, é personagem; para quem o veredito da morte, projetado, é diagnóstico para resistir e superar. "