O livro investiga a procura de trabalho por meio de instituições do mercado de intermediação. Para desenvolver a análise a autora assume que a busca de emprego não pode ser reduzida a um fenômeno econômico, baseado no cálculo racional, que une ofertantes e demandantes de vagas; nem pode ser tratada apenas como um indicador estratégico para caracterizar a situação de desemprego, como o faz uma certa sociologia. Ao contrário, o livro apresenta ao leitor que a busca de emprego é uma experiência social, moral e subjetiva e que, nesse sentido, é fundamental entender os processos de interação que se dão na situação em que ela transcorre, bem como a forma como ela é vivenciada no cotidiano pelos demandantes de trabalho. A análise se baseia em um estudo empírico de tipo qualitativo conduzido, entre 2005 e 2009, na região da Rua Barão de Itapetininga, no Centro de São Paulo, o principal espaço de concentração de agências de emprego da Região Metropolitana, ela mesma o maior mercado de intermediação no Brasil. Observação de tipo etnográfico, entrevistas com os agentes envolvidos na situação e análise de material documental foram as técnicas mobilizadas na análise.