"Beijarei o teu peito assim e sugarei um pouco teus mamilos. Pousarei levemente a mão no teu ventre e nesses lindos pelos do teu púbis, e colherei esta linda flor que se aprumou em sua haste com tanta valentia. Ó, linda flor! Tem a cor e o perfume da rosa e é como se abrisse a boca e quisesse dizer-me algo! E então com a mão avançarei e, com um dedo, tocarei docemente a porta". Na Grécia Antiga, dois rapazes se amam e conhecem juntos, sem culpa, os prazeres do sexo: é esse o tema central de Os neoplatônicos. Aqui, não há lugar para o pudor e a hipocrisia dos modernos, os quais, como aponta o próprio autor na Advertência que introduz a novela, têm todos os vícios dos antigos helenos, mas os escondem. Contém posfácio de Anne Macedo intitulado Pátria, corpos e patriarcados. Luigi Settembrini, herói da Unificação Italiana, compôs esta obra entre 1851 e 1859, encarcerado, mas não tomou para si sua autoria, preferindo atribuí-la ao fictício autor grego Aristeu de Megara, [...]