Víctor Rodríguez Núñez surge como um desses escritores notáveis que criaram uma poesia e um mundo entre o primeiro lar e a primeira cultura e os novos mundos onde depois se encontra, diz Jerome Rothenberg sobre esse poeta que buscou outros lugares para além de sua ilha, mas sempre a levando consigo. Quando vivia em Cuba era simplesmente um poeta cubano, diz Víctor, mas viver na Nicarágua, Colômbia e acima de tudo nos Estados Unidos, me deu uma noção mais profunda daquilo que sou [...] pode ser que não escreva sobre Cuba, mas escrevo sempre a partir de Cuba, ou mais especificamente de sua vila, Cayama. Como Marco Polo, ele escreve: algo vi do mundo/ e isso aprofunda minha dor/ nada me pertence. Mas além do mundo a ser visto, a poesia de Víctor também se detém nos caminhos da imaginação e da invenção. Outros autores, personagens históricos, lugares, cometas, amigos, a mãe, o pai, a avó figuram como ecos em seus poemas. São diversas vozes dentro de uma única, propondo uma (...)