Guerreira é, acima de tudo, a literatura feita por Alessandro Buzo. E por uma turma inteira que tomou as letras brasileiras. De assalto não. Epa! Tomou de direito. No parágrafo e na raça. Ora, é preconceito dizer que quem mora na periferia não sabe escrever. Não lê nada. Não consegue estruturar uma narrativa. Sei lá. Não conhece o bê-á-bá do seu ofício. Longe disso.Bem-vindos sejam todos, então, a esta novíssima escrita. A este Brasil profundo e teimoso. Que Alessandro Buzo – e tantos outros talentos de seu lugar e seu tempo – vem nos apresentar. E nos ajudar a descobrir. A boa literatura, repito, que sempre foi assim: guerreira por natureza. E, sobretudo, universalmente brasileira.Marcelo Freire