A Linguagem da Exclusão e Inclusão Social na Escola situa-se na interface entre as áreas de linguística e educação, investigando a linguagem inclusiva ou excludente que permeia a formação em escolas públicas, assim como as leis e políticas públicas que prescrevem os trabalhos ali desenvolvidos, e examina o tema da educação inclusiva, suas definições e implementações ao longo da história da formação da escola brasileira, para verificar como e em que instâncias a proposta possibilitaria a inclusão social dos agentes envolvidos. Analisando tanto os textos de legislação sobre o assunto quanto a fala dos atores sociais afetados pelas políticas de inclusão - educadores e alunos -, a autora Sueli Salles Fidalgo, pesquisadora experiente em temas como avaliação escolar e dicotomia exclusão-inclusão, com prática de ensino focada na formação de professores, acaba por revelar um quadro de inclusão que se retrata pela exclusão, em que não apenas alunos são excluídos, mas também gestores, professores e pais, por não estarem preparados para trabalhar com a imensa diversidade da área. Ao final, indicam-se algumas possibilidades de trabalho de ação e de pesquisa - a começar pela formação do professor, por sua compreensão do espaço que ele próprio ocupa na formação de seus alunos e pela compreensão e constante transformação de suas práticas - que levariam a uma reorganização da escola, criando, assim, espaços verdadeiramente inclusivos. O mérito da obra é tratar de um assunto urgente, debatendo seus múltiplos aspectos, e, mais do que apontar problemas, apresentar propostas primordiais para que esse quadro de exclusão se modifique.