Vozes marginais na literatura, de Érica Peçanha, da Coleção Tramas Urbanas, com curadoria de Heloisa Buarque de Hollanda, chega às livrarias com o selo da Aeroplano Editora e com o patrocínio da Petrobras. Este livro teve cinco lançamentos, em 2009, São Paulo. O primeiro foi na Ação Educativa, no dia 5 de novembro, o segundo na Loja Suburbana Convicto, no dia 7 de novembro, o terceiro no Sarau Elo da Corrente, no dia 12 de novembro, o quarto no Pavio da Cultura, no dia 14 de novembro e o quinto no Sarau da Cooperifa, no dia 18 de novembro. Sempre foi assim, o contemporâneo é traduzido e assimilado à distância, no futuro. Talvez por isso não tenhamos ouvidos tão atentos para vozes que gritam hoje, principalmente quando o emissor e protagonista da mensagem não habita o centro - geográfico, político ou cultural. Mas o grito existe e insiste. Forte. Vozes marginais na literatura ouve e decodifica esse grito periférico por meio da análise das edições especiais da revista Caros Amigos/ Literatura Marginal e das carreiras de três escritores: Sérgio Vaz, Ferréz e Sacolinha (Ademiro Alves). Érica Peçanha aborda antropologicamente o tema. Investiga as acepções do adjetivo marginal. E evolui. O que é literatura marginal? Como os autores periféricos estudados constroem sua atuação político-cultural? É possível falar em cultura da periferia? As respostas a essas e outras questões certamente ajudam a decodificar hoje as vozes que muitos só irão ouvir e, talvez, compreender no futuro.