Segundo Cassirer, a consciência moderna brota da matriz do mito pré-histórico e da metafísica medieval; suas formas simbólicas provêm do dado bruto dos ritos e dos gestos; as funções lógicas originam-se do material natural e se libertam pouco a pouco da invasão sensorial, possibilitando assim a autolibertação da consciência. Portanto, as formas simbólicas são os estados progressivos do aparecimento da consciência. Podemos acompanhar o progresso desse aparecimento, dessa emergência gradual, na evolução que, do pensamento metafísico, conduz à ciência moderna. Mas essa mesma emergência pode ser posta em evidência pelo desenvolvimento progressivo da matéria bruta e da produção da consciência em atividade. É esse o objetivo de A filosofia das formas simbólicas, que põe a tônica não tanto no espírito criador quanto na forma criada pelo espírito, a qual, como um espelho, reflete este. A filosofia das formas simbólicas é uma filosofia da criação.Segundo Cassirer, a consciência moderna brota da matriz do mito pré-histórico e da metafísica medieval; suas formas simbólicas provêm do dado bruto dos ritos e dos gestos; as funções lógicas originam-se do material natural e se libertam pouco a pouco da invasão sensorial, possibilitando assim a autolibertação da consciência. Portanto, as formas simbólicas são os estados progressivos do aparecimento da consciência. Podemos acompanhar o progresso desse aparecimento, dessa emergência gradual, na evolução que, do pensamento metafísico, conduz à ciência moderna. Mas essa mesma emergência pode ser posta em evidência pelo desenvolvimento progressivo da matéria bruta e da produção da consciência em atividade. É esse o objetivo de A filosofia das formas simbólicas, que põe a tônica não tanto no espírito criador quanto na forma criada pelo espírito, a qual, como um espelho, reflete este. A filosofia das formas simbólicas é uma filosofia da criação.