A partir dos EUA, descendo do Norte para o Sul, da reforma para a contra-reforma, o crédito vulgarizaou-se na Europa. Portugal não foi uma excepção. Não inventámos o crédito nem o individamento, nem sequer registamos os seus valores mais elevados. Só que tudo começou mais tarde e mudou muito mais depressa. As formigas ousam ser cigarras. Mas isso não faz dos bancos loucos, nem tão pouco dos seus clientes. Uma sociedade que aprendeu a utilizar as vantagens do crédito tem, contudo, de saber gerir com a mesma atenção os seus eventuais efeitos negativos. O sobreendividamento não é uma ficção. É a outra face do endividamento e é, na maioria dos casos, um problema social. Neste livro analisamos o crédito ao consumo e à habitação, bem como as situações de incumprimento e sobreendividamento. Apresentamos algumas respostas para prevenir e resolver os problemas que daí possam decorrer e estudamos os exemplos já seguidos em outros países.