Como servir a dois países? Um que ficou para trás e o outro que será todo o futuro! O primeiro, rico em cultura e de historia milenar, berço do catolicismo e de tantas outras referencias mundiais, mas que, não tinha como alimentar a população carente e sem trabalho, optando entre vê-los morrer de fome e doenças, por exportá-los. O segundo, de dimensões continentais e de baixa densidade populacional, com economia incipiente e pouco diversificada, de braços abertos a todos que pudessem inserir em seu solo, novas sementes. Este é o cenário da saga da família Berto, que partiram da Itália sem qualquer poder econômico, mas trazendo como lastro os costumes sociais, a religiosidade, a cultura, os valores familiares e o conhecimento de produção. O autor conduz o leitor, a mergulhar na alma de cada componente desta família, oferecendo emoção a cada virada de página, lhe despertando o choro e o riso, além de mostrar como se originou o grande pólo de desenvolvimento em parte do Brasil. Ao iniciar a leitura, com certeza será levado a querer descobrir o Italiano Imigrante, percorrendo caminhos que se iniciam por volta de 1875 e chega próximo a 1980 descortinando os acontecimentos políticos ocorridos no período, parte da história dos dois países. Até onde foram cidadãos italianos em solo brasileiro, e a partir de quando passaram o deixaram de ser. Quais os hábitos e laços que mantiveram com a antiga pátria, e perceba, como um sociólogo, a inserção paulatina, constante e transformadora deste individuo na nação Brasileira, formando população única, forte, forjada em valores trazidos pelos imigrantes de diversas nações, aqui em particular, o italiano. O leitor certamente estará emocionado ao descobrir o Italiano Imigrante. Comece por Costantin.