A questão crucial que se coloca na Ambição para a Excelência equaciona-se de forma simples, mas tem uma inusitada complexidade na solução. É raro o governo que, ao longo dos últimos quinze anos, não tem cedido a pressões da mais diversa natureza, quer no domínio público quer no privado. Essas pressões, embora possam ser compreensíveis quando têm na sua génese aspirações das populações, não devem sobrepor-se a requisitos europeus de qualidade, sem o que apenas se traduzem em conquistas momentâneas e ilusórias, com graves prejuízos para o futuro. Mais grave é, ainda, quando essas pressões são exercidas por interesses particulares, correspondendo, muitas vezes, a ambições de grupos, tantas vezes com vista a proventos materiais, iludindo-se, pela fraqueza em que o Estado se encontra, o acompanhamento dos requisitos da lei. A esse caminho é preciso dizer basta! As novas gerações não perdoarão os responsáveis pelo crime da criação de falsas ilusões e do facilitismo sem nome. A ambição pela excelência não é um slogan; é uma profissão de fé e de esperança.