O novo licro de Margaret Atwood, talvez a mais talentosa autora canadense das últimas décadas, chama-se "Madame oráculo", e é uma obraa densa e muito bem executada. Descreve a vida de Joan Foster, de garota obesa a mulher elegante. De ruiva a morena. De Londres a Toronto. De um conde polonês a um marido radical. De escritora de romances baratos a poeta renomada. Essa vida de múltiplas identidades está conseguindo deixá-la terrivelmente confusa. Por isso decide fugir para uma pequena cidade nas montanhas da Itália com intuito de avaliar a própria existência. Mas, primeiro, precisa arquitetar a própria morte.