Agora é a vez de Carlos Heitor Cony! Sem dúvida, um dos maiores escritores brasileiros e um dos mais lidos atualmente. No caso de Cony, essa popularidade condiz com a sua versatilidade e competência em desvelar tanto o universo ficcional quanto o de não ficção. Já escreveu romances, crônicas, contos, ensaios biográficos, reportagens especiais, sinopse de novela, histórias infanto-juvenis, adaptações de clássicos nacionais e estrangeiros e fez traduções. Alguns de seus romances já inspiraram peças de teatro e roteiros de cinema. Para saber um pouco mais sobre sua vida e obra, Cícero Sandroni preparou esse perfil, que segundo ele não pretende esgotar o assunto Cony, mas traçar um roteiro, que começa com a entrada no seminário no Rio Comprido e percorre as histórias como jornalista, seus primeiros romances dos anos 50, como O Ventre e A verdade de cada dia, as entrevistas que concedeu, os artigos escritos sobre ele e seus livros e as prisões políticas, até chegar à volta triunfante com o romance Quase memória, premiado com dois Jabutis em 1996. O livro marca o amadurecimento de Cony e inaugura uma nova fase em seus romances, garantindo a vaga na Academia Brasileira de Letras, em 2000.